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slots saque free,Interaja ao Vivo com a Hostess Bonita em Competições Esportivas Online, Onde Cada Momento Traz a Emoção de Estar no Centro da Ação..Ao tratar do transporte de escravizados ao Brasil, a alegoria subverte a lógica colonial e não se utiliza de signos associados à escravidão, exaltando a energia de Exu em uma barca carnavalizada que transcende o tempo e o espaço. A opção pela simbologia da barca, no caso do primeiro e do segundo chassis, se deu em razão da forte presença de "barcas de Exus" no imaginário artístico brasileiro – destacando-se as criações de José Alves de Olinda (inspirações para a arquitetura cênica), Alentícia Bertoza e Adir Botelho. Trata-se de uma barca espectral (daí a opção pelo uso do metaloide), que flutua sobre um "oceano de trouxinhas" (a simbologia da viagem, a visão dos andarilhos) e amarrações em tons de fogo. Em meio a Exus guerreiros, a "tripulação" da nave não tem corpos definidos, mas formas irreais, mágicas, como se fossem a pura energia, espíritos em movimento, cintilantes, entre "engrenagens". As "velas" da embarcação são enormes bandeiras que saúdam as diferentes potências de Exu. As criaturas que circundam a barca, peças escultóricas de Marina Vergara, são inspiradas em diferentes etnias e cosmogonias africanas. À frente da barca, vêm bocarras dianteiras, num misto de dragões marinhos e crocodilos de Olossá (divindade do panteão Iorubá que governa as lagoas africanas que desembocam no Atlântico) e de Exu Ajelé. As esculturas de peixes com formas e pinturas não realistas são inspiradas em máscaras dos povos Senufôs e em criações dos povos Igbós expostas no Museu do Quai Branly, em Paris. Os Exus que "cavalgam" as criaturas frontais são inspirados em estatuetas de bronze do Daomé e de Angola. Os Exus que empunham lanças, na barca, são releituras das criações do Mestre Zé Alves de Olinda.270x270pxO terceiro chassi, intitulado "Assentamento", é uma espécie de altar ou palácio em homenagem à força dos Exus africanos, daí a presença de grandes esculturas adornadas com búzios, peças que são uma amálgama de referências de diferentes estátuas de Exu produzidas no continente africano – há, inclusive, elementos dos Exus que pertencem à coleção do Museu de Arte de São Paulo. Os movimentos giratórios reforçam o dinamismo, bem como os andaimes e as estruturas em ferro aparente (também presentes no primeiro chassi) sugerem a ideia de construção, devir e inacabamento, pilares para a compreensão da visão exusíaca de mundo. Emoldurando o tabuleiro de Ifá (que simbolicamente representa a circunferência do mundo e exibe, ao centro, brasões estilizados da Grande Rio), veem-se duas colunas inspiradas nas esculturas de Kifouli Dossou – peças que unem o símbolo do infinito a animais sagrados para cultos e oferendas. As ferramentas em ferro exibem tridentes, que, de acordo com as interpretações mais difundidas, simbolizam a fusão dos quatro elementos essenciais para a vida: água, fogo e ar (as pontas dos "garfos", os tridentes em si); e terra (o "cabo" que se conecta ao solo, às oferendas, às demais ferramentas sagradas). O terceiro chassi é intencionalmente simétrico ou espelhado: "frente" e "fundo" são iguais, o que expressa, mais uma vez, a noção de circularidade – o eterno retorno, a espiral, o fim que também é começo, os fluxos e refluxos de que fala Pierre Verger.414x414px'''Destaques e composições – Primeiro chassi:''',Ala 27: "O Bailado de Jardelina com Exu".'''Ala 27: "O Bailado de Jardelina com Exu"'''A ala exalta Jardelina da Silva, sergipana que narrava histórias fantásticas misturando figuras como Deus, Jesus Cristo, Nossa Senhora, Pedro Álvares Cabral, Virgulino Lampião e Exu. Jarda, como era popularmente conhecida, desenvolveu, segundo matéria da revista ''Marie Claire'' intitulada "A Guardiã do Mundo", criou "um trabalho que só tem paralelo com o do artista brasileiro Bispo do Rosário, que foi aclamado pela crítica e expôs na Bienal de Veneza depois de passar cinquenta anos num manicômio". Lavradora e costureira, com uma vida marcada por migrações (passou a morar no Paraná) e tragédias, ela contava que aprendeu a costurar desenvolvendo vestidos para bonecas. A paixão pelas agulhas a levou a criar peças maiores, para serem vestidas por ela mesma. Ela dizia gostar de "cores alvoroçadas" e se enxergava como cigana, outra conexão com a energia de Exu. Jardelina dizia viver uma relação intensa com Exus e Pombagiras. No documentário "Jardelina da Silva, Eu Mesma", de Cristiane Mesquita é possível vê-la com uma capa vermelha adornada com pontos de umbanda, inspiração para a fantasia da ala, que reúne um acúmulo de objetos multicoloridos que ilustram o imaginário da personagem..
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